Monday 14 September 2009

Monday 31 August 2009

Cafuné

Ensinei por aí uma palavra que nao existe em espanhol: cafuné. Cariñitos, dizem na Espanha. Mas nao é igual. Cafuné é uma coisa única, deliciosa, que se extende por minutos a fio, por entre os fios do cabelo, atrás da orelha, baixando até o cangote. Fazer cafuné é uma arte: é preciso adequar a pressao das maos e passear sem monotonia pelas áreas acarinhadas para manter a sensaçao de prazer. Se bem feito, as pontas dos dedos cafuneadores ficam cheirando o cheiro da pessoa cafunada por dias a fio até. A nossa língua é mesmo uma gostosura...
Eu faço cafuné. Nao sao cariñitos, sao cafunés mesmo.
Obrigada mae, por me ensinar a ser tao carinhosa.

Thursday 19 March 2009

Encontro das almas

"Vem..., conversemos através da alma.
Revelemos o que é secreto aos olhos e ouvidos.
Sem exibir os dentes, sorri comigo, como um botão de rosa.
Entendamo-nos pelos pensamentossem línguas, sem lábios.
Sem abrir a boca, contemo-nos todos os segredos do mundo, como faria o intelecto divino.
Fujamos dos incrédulos que só são capazes de entender se escutam palavras e vêem rostos.
Ninguém fala para si mesmo em voz alta.Já que todos somos um, falemos desse outro modo.
Como podes dizer à tua mão: "toca", se todas as mãos são uma?
Vem..., conversemos assim...
Os pés e as mãos conhecem o desejo da alma.
Fechemos pois a boca e conversemos através da alma.
Só a alma conhece o destino de tudo, passo a passo.
Vem.., se te interessas, posso mostrar-te."

(poema árabe por JudDinRumi)

Friday 13 March 2009

"Eu tenho uma espécie de dever, de dever sonhar sempre. Pois,sendo mais do que uma expectadora de mim mesma, Eu tenho que ser o melhor espetáculo que posso. E assim me construo a ouro e sedas, em salas supostas, invento palco, cenário para viver meu sonho entre luzes brandas e músicas invisíveis." Desassossego - Fernando Pessoa

Thursday 12 March 2009

Tempo (nosso)


Existimos na linha ténue do tempo em que nos inventamos.Inventamo-nos na realidade das horas em que existimos.

Esperava...


Esperava, de mãos cruzadas sobre a saia do vestido de sonhos. Alheada do mundo restante, da luz e da sombra, do branco e do negro. Tinha tecido uma teia de cores que ninguém via. Sentia-se enredada nela, imobilizada. Nem um dedo mexia, naquela espera. Só o vestido ondulava, convite a quem conseguisse olhá-la e ver. Mas à volta dela, para lá da teia, todos pareciam cegos. Talvez surdos também. Porque, embora quieta no sonho com que se vestia, dela saía um grito que podia acordar o mundo. Um terrível grito de silêncio.

Do significado das palavras

Sempre acreditei no valor e na beleza das palavras. No entanto, acontece repetirem-se até ao instante em que já não significam nada. São só um conjunto de caracteres com um som convencionado. Quando percebemos que não fazem sentido, tudo soa estranho à nossa volta.Gostava de poder viver num mundo de palavras com significado. Ou num mundo silencioso, só com olhares e gestos. Os olhares não se gastam. Os gestos valem por si. Não são símbolos que, quando isentos do sentimento original, nos confundem ou, pior, nos fazem sentir vazios de emoções.

Monday 2 February 2009

"A chave para o processo de mudança é querer deixar o passado para trás e estar confortável diante do desconhecido, do incerto. Caso contrário, podemos fingir que somos livres, mas de fato não somos. Estaremos apenas respondendo às circunstâncias de forma reflexiva. Em geral, as pessoas escolhem uma direção da vida e pronto: é isso. Definem quem são e definir-se é limitar-se. Quando você não se define, pode ser qualquer coisa: você entra no campo das possibilidades infinitas." DEEPAK CHOPRA

Tuesday 27 January 2009

O silêncio

Após alguns minutos do filme coreano "Primavera, verão, outono, inverno... e primavera" eu já estava certa de que uma das coisas que a gente deveria aprender com os asiáticos é a ficar calado. Ninguém diz quase nada e isso diz muito. A nossa mente doa-se toda ao olhar e as sobrancelhas ficam tagarelas como só vendo. Como toda fala é imperfeita, porque as palavras o são, costumamos dizer e redizer e redizer a mesma coisa, tentando garantir com novas falas que o outro capte a mensagem e na maior parte das vezes só confundindo-o mais e mais. Aliás, todo potencial de beleza e poesia vem justamente dessa imperfeição.
O silêncio também é parte da poesia, o que se diz exclui diversas possibilidades e essas ausências são imprescindíveis na definição do que lá está. Na amizade também o silêncio é revelador: só ficamos em silêncio com quem realmente gostamos, caso contrário ele, vilão, oprime e constrange.

simples... belo... perfeito

http://www.youtube.com/watch?v=u5cgHwXiusA&NR=1

Monday 26 January 2009

Moçambique e Brasil, diferenças e aproximações (por Mauricio Rodrigues)

"Moçambique é o 175º país dos 179 listados no Human Development Index (Índice de Desenvolvimento Humano), documento elaborado pela ONU, publicado em 2008 com base em dados colhidos em 2006. O documento classifica os países em três grupos, Alto, Médio e Baixo Desenvolvimento. Moçambique esta no ultimo grupo, é claro. O Brasil é o 70º país da lista. Está no grupo do Alto Desenvolvimento. O Índice leva em consideração a expectativa de vida, alfabetização, educação e qualidade de vida dos paises analisados. Mas o que separa de fato o Brasil e Moçambique nesta lista? Qual a diferença entre eles, o que acontece entre essas 105 posições que separam os dois?

lucro acima do povo?

lucro acima do povo?

Moçambique tornou-se independente de Portugal em 25 de junho de 1975. Logo em seguida entra em guerra civil, onde duas forças políticas, hoje partidos, a FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique) esquerda socialista e a RENAMO (Resistência Nacional Moçambicana) centro-direito neoliberal, se enfrentaram pelo controle do país. As duas forças assinaram um tratado de paz em 1995. Mas por conta de dificuldades econômicas, ainda 1987 (logo após o “acidente aéreo” que matou Samora Machel, primeiro presidente do país), Moçambique assinou acordos com o Banco Mundial e o FMI. O que condicionava o país a abandonar definitivamente o caráter socialista de seu governo. Primeiro veio a desindexação dos preços dos produtos de consumo e mais tarde a privatização de empresas estatais. Nos anos mais recentes o País, para poder cumprir com a cartilha do FMI e banco Mundial, tem feito, além de constantes cortes orçamentários nos serviços públicos, reformas nestes para que os mesmos possam alcançar números. Na educação, por exemplo, a reforma curricular dos cursos de magistério estipulou a redução da duração destes cursos de dois e meio, para apenas um ano.

O numero de professores necessários é enorme, e o governo pretende atingi-lo em quatro anos! A corrida pela quantidade desconhece o mínimo de qualidade. As escolas primárias, de primeira a sétima classe, usam sistema de aprovação semi-automática. Aqueles que conhecem o sistema de educação do Brasil têm uma idéia do que isso causa na qualidade dos estudantes aprovados. Alunos mal preparados, professores desqualificados! Um ciclo que daqui a quatro anos, no meu entender, vai estar maior e pior. As escolas privadas, cobrando absurdos da população pobre, começam a aparecer mesmo nas zonas mais remotas, como onde estou, e já arrebatam os filhos de quem pode pagar.

No Brasil, programas como Brasil Alfabetizado continuam produzindo números, e o descaso com a educação publica faz com que a educação seja um dos negócios mais lucrativos que alguém possa ter. O numero escalabroso de universidades privadas que pipocaram no país depois dos acordos assinados com BM e FMI mostra que o cenário moçambicano não é único. Vale lembrar aqui que o ultimo acordo de 30 bilhões de dólares entre o Brasil e o FMI ocorreu em pleno período eleitoral de 2002, e que o fato de Lula concordar com este acordo permitiu a classe-média, a pequena burguesia brasileira, se sentisse confortável em votar num candidato que não era nem a sombra daquele que em 1994 foi boicotado pela edição do debate na TV global.

Outro fato curioso em Moçambique, no aspecto sóciopolítico, é que os “intelectuais” e a juventude “politicamente engajada” são de direita. Uma amiga que estava na Venezuela me disse que o mesmo ocorre lá. A FRELIMO (socialista) é o partido majoritário, algo em torno de 95% das cadeiras das assembléias, congressos, prefeituras e por ai vai. Mas a RENAMO, Resistência Nacional, (neoliberal) agrega os “pensadores”, os “revolucionários”. Dizem que mesmo integrantes do Partido Nacional, FRELIMO, votam na oposição, já que o voto é secreto. Recentemente o líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, em uma entrevista ao vivo, brincava de responder um repórter da TV Moçambique, obviamente da FRELIMO. As perguntas com intuito de desmoralizar a pessoa de Dhlakama e seu partido eram respondidas com uma sagacidade digna das velhas raposas políticas internacionais. Assim, há um espectro de democracia no país. A FRELIMO domina tudo e todos. Abusa da máquina do estado durante campanhas. Pessoas para exercerem cargos públicos, como diretor de escolas, chefes hospitalares, administradores públicos, qualquer função, precisam ter a carteira do partido, precisam ser filiados. O partido tem uma grife, lojas no shopping em Maputo. E mesmo no interior, as lojas de decido vendem uma capulana, rouba tradicional para mulheres, com estampas de Samora e Josina Machel, ou mesmo, com os brasões do partido. Na verdade não há opção. A FRELIMO é o único partido a ser votado! E como todo eleitor não quer perder seu voto, vota naquele que sabe que vai ganhar. Num país em a média de analfabetismo chega a 51,9% da população e 66,7% das mulheres, não é espanto algum encontrar analfabetismo político.

Não defendo o neoliberalismo da RENAMO, mas tão pouco apoio o pseudo-socialismo da FRELIMO. Nenhum e nem o outro traz verdadeira esperança de libertação para um povo que está acostumado, depois de séculos de colonização, a ser dominado e que infelizmente continua a baixar a cabeça para lideranças incapazes e corruptas.

No Brasil, analfabetismo político, campanhas com o uso da máquina e do dinheiro publico, somada às campanhas publicitárias que dão a impressão da existência de apenas três ou duas opções, montam um quadro no mínimo semelhante.

Há ainda mais a ser dito, corrupção política e policial, saúde pública, comércio externo, agricultura. As semelhanças vão crescendo, mas a novelas, especialmente a juvenil global, pinta uma figura distorcida da realidade e alimenta esperanças nos corações inocentes dos que acreditam que é realmente assim como aparece na TV. Brasil, o primo rico, está mais para o primo mais velho que comete erros à nossa frente. Oportunidade de aprender com os erros dele!"

(tirado de http://maoricio.wordpress.com/)

Sunday 25 January 2009

Chocolate Beer and doughnut-flavoured lemons

If I was forced to live my life in a film, then I probably wouldn’t choose Willy Wonka and the Chocolate Factory – after all, the poor kid is completely impoverished, and whichever version you watch, Willy Wonka is pretty damn sinister. Plus, that Veruca girl… she’s one seriously irritating little b****.

However, yesterday I learnt of something which quite possibly could change my mind: the ‘Taste Tripping’. Currently gaining popularity in New York as an alternative night out – it’s an event in which people ‘trip’ their taste buds into believing that everything they eat is sweet.

Basically, you’re given a berry (Synsepalum dulcificum – also known as the 'miracle fruit') and told to hold it in your mouth for about a minute. A protein in the berry called miraculin binds with your taste buds and acts as a sweetness inducer when it comes in contact with acids. Lemons, mustard, cheeses, pickles – you name it – will taste like chocolate, honey, toffee and cream cakes.

The New York Times visited one of these parties in Manhattan a few months ago, reporting that one woman took a huge gulp of Guinness and announced it tasted like a chocolate shake, while another had Tabasco sauce dripped onto her tongue and thought it was hot doughnut glaze.

The effects of the fruit should last for a couple of hours or so, but apparently this was too long for some New Yorkers who started to get irate when absolutely everything they consumed tasted different – especially wine which was unpleasantly sweet. At least they didn’t turn purple and blow up like a giant blueberry…

Personally, I think this sounds incredible; eating oysters like chewing gum and sprouts like cheese cake. It could also possibly be used as a diet supplement in which people overcome their sweet cravings by tricking their minds into thinking they’re eating chocolate when really they're munching on celery.

And with no other dangers involved I don’t see much of a problem… unless of course you eat too many and start seeing Umpa Lumpas. In fact, wait – that would be amazing.

Perhaps I’ll stick a few berries in my pocket and find out…

Friday 23 January 2009

Where the Hell is Matt?

AMAZING

http://www.youtube.com/watch?v=zlfKdbWwruY&feature=related

Thursday 22 January 2009

Wednesday 21 January 2009

Jab bot tic cab ba

mo
momen
momento to confuso
confu
con
fuso
so
fuso horários
contínuos
nuos
os daqui
e os
os de lá
me me mento
fuso para fuso
re
redon
redonda
re
don
da

ja bo ti ca ba

uma música que me faz viajar... mto.

http://www.youtube.com/watch?v=UkUUaxjQCfI

Friday 16 January 2009

v i d a

Dispa-se...
Tire suas roupas...
Torne-se índio outra vez...Deixe seus chacras abertos, eles precisam respirar!!!
Reencontre a sua inocência, pinte-se de azul, coloque um colar de semente no pescoço.

Olhe-se...
Olhe-se no espelho com os olhos físicos e os olhos da alma.
Em que tipo de ser humano você se tornou?
Você é a pessoa que você sempre sonhou em ser?
Qual o rumo que a sua existência está tomando?
Olhe mais de perto...
Não se julgue, não se repreenda, apenas seja você mesmo.

Dance...
Depois de dar uma boa olhada em você, comece a dançar.
Celebre a vida, celebre a sua existência, dance a música do universo...
Siga as batidas do seu coração.

Libere...
Solte o seu EU primitivo e comemore!!!
Você não está aqui por acaso, o universo depende da sua existência (pode acreditar!!!)
Grite, cante, faça uma oração, um decreto, ou simplesmente fique em silêncio e ouça o nada (ele tem muito a dizer).
"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver." (Amyr Klink)

Wednesday 14 January 2009

Smiling eyes, Smiling face, Smiling heart. Smiles all over me.


I must be dreaming..... actually... I really hope I'm not.
I have no words to describe what I'm feeling right now.
I just can say... I'm smiling. A lot.

Instante...

Instante, seja fugaz, terno e tempo e terno. Fugaz...
Ande, ainda que o sol brilhe recente e o dia recém se levante,
ante o fim iminente, o escuro rompante,
antes do ocaso do ente, cante seu silvo de estrela cadente.
Seja fugaz, terno e tempo e terno. Fugaz...
Não passe enquanto eu penso, amante distendido e tenso,
seja sobretudo nada, denso instante.

Monday 5 January 2009

Leituras Dez. 2008

Il treno dell' ultima notte - "O trem da ultima noite" - Dacia Maraini
Il cacciatore di aquiloni - "O caçador de pipas" - Khaled Hosseini
Un' albero cresce a Brooklyn - "Uma árvore cresce em Brooklyn" - Betty Smith
La solitudine dei numero primi - "A solidão dos números primos" - Paolo Giordano
Va dove ti porta il cuore - "Vai aonde te leva o coração" - Susanna Tamaro
Spells Trouble - Clarice Bean
La ragazza dall orecchino di perla - "A rapariga do brinco de pérola" - Tracy Chevalier
"A era dos impérios"- Eric J. Hobsbawm

afogada em letras

Laura tecia frases mas isso não bastava. Seus mundos imaginários espalhavam-se pelo quarto, ao lado dos perfumes, cadernos e roupas. Eram tantas imagens, metáforas, parábolas e fábulas pelo chão, empilhadas atrás do armário e embaixo da cama, que ela pensava que um dia encontraria as respostas que procurava assim, escrevendo. Um dia decidiu que para entender as pessoas precisaria conhecê-las por dentro, e lá se foi investigar os mistérios do corpo humano. Mas não se pode conter a rebelião do pensamento, e quando a avalanche de idéias se dirigia em direção à mão e caneta, ela se sentava e costurava mais fios de experiência no papel.
Cada um desses escritos tinha sido importante. Não ousava Laura varrê-los dali, mesmo sabendo que existia um lugar aonde iam parar as frases não ditas, os manuscritos amassados, as palavras rabiscadas, os originais censurados, de ilustres e medíocres escritores, poetas, loucos e amantes. Deixava tudo ali mesmo, onde tinha caído, descartado temporariamente ou para sempre.
Dessa vez era o último texto, estava decidida. A mente febril criava, a mão materializava. Letra após letra, sem cessar, e cada canto vazio do quarto ia sendo tomado por amores, conselhos, reflexões, desabafos. Uma crítica estendeu-se da janela até o teto. Uma poesia se multiplicava, dava a volta na estante, uma rima se enroscava no quadro. Estava mergulhada num mar escrito. Do pescoço para baixo já não conseguia se mover, e escrevia apenas balançando levemente os dedos. Um adjetivo sujo borrava a maquiagem das bochechas. Um trocadilho sutil fazia-lhe cócegas no nariz. Quase não respirava mais. Mas escrevia. Era a última vez, a libertação. Na frente dos olhos ficou um poema romântico, daqueles em que tudo é pálido e sombrio. Fechou os olhos e desistiu de ler. Respirar era cada vez mais difícil. Uma prosa comprida, prolixa, se enrolou em seu pescoço. Estava longe do desfecho, as personagens ainda nem tinham surgido. Prosseguiu. A cada frase, ofegante, se aproximava do fim do enredo. O destino do herói seria feliz, decidiu Laura. O pescoço doía, estava submersa em palavras. O braço já não obedecia. Os pensamentos eram difusos. O fim da prosa se aproximava, e ela se entristecia em deixá-la incompleta. Do fundo da alma, buscou forças. Respirou fundo, concentrou-se e escreveu sua última palavra: fim.